Saí de casa aos 17 anos para
morar em uma cidade que não conhecia, longe da família, das coisas que amava e
dos amigos que até então eu conhecia. Entre idas e vindas, foram quase 9
anos. Primeiro faculdade, depois trabalho.
Por todo esse tempo acrescentei ao meu caderninho de histórias conhecimento,
experiência profissional, amor pela cidade que me acolheu (Vitória da
Conquista, sua linda!) e o mais importante: novos amigos! Mas, depois de anos
me virando sozinha, correndo atrás da minha independência e criando outros
laços, era chegada a hora de começar as despedidas. Pois, os primeiros passos
concretos para a realização do meu intercâmbio eram pedir demissão, vender os
móveis e voltar para a casa dos meus pais para fazer os preparativos da viagem.
E essa primeira etapa já me fez sentir o gostinho amargo de deixar coisas e
gente que amo para trás, antes mesmo de ter uma data certa para viajar.
De todos os jeitos, cores,
credos. Polêmicos, dramáticos, displicentes, palhaços. Bons de resenhas, conselhos,
colo e copos. Amados. Meus. Únicos. Meu coração apertava só de pensar em como
seria viver tanto tempo tão longe dos meus amigos. Faltando 1 semana para mudar
de cidade, quando eu comecei a deprimir com a falta que eu achava que ia sentir
deles... Eles atacaram com o que melhor sabem fazer: me encheram de amor e
alegria!
Tudo começou em uma tarde no
trabalho quando percebi que três amigos tinham trocado as fotos dos seus perfis
no facebook por fotos deles comigo. Achei aquela “coincidência” linda, e já
naquele momento comecei a chorar (eles se divertem com minha fama de chorona).
Em dois dias, aquelas três fotos viraram várias e cada vez mais amigos trocavam
suas fotos. Fiquei surpresa com o tanto de gente que aderiu e nem eu sabia que
tinha foto com tanta gente assim! Teve adesão vinda de Santo Antônio de Jesus,
Barreiras e até Boston! Definitivamente, o viral mais bonito da cidade.
A parte engraçada é que quem não
sabia do que se tratava começou a especular nas redes sociais e teve até amiga
que mora longe ligando desesperada achando que eu tinha morrido.
